Efêmera Beleza!
Santaroza
Já não procuro mais a beleza,
busco a certeza,
embora incerta,
não seja efêmera, se ela se acerta.
Pois me encontro certo,
de que com a certeza,
me encontrarei mais perto,
daquilo que seja beleza.
A beleza é passageira,
que um dia parte na poeira,
aí se não houver certeza,
foi-se toda a pureza.
Por isso não busco mais,
me encontro ancorado no cais,
daqui tudo me parece belo e sem fim,
mesmo que só eu veja assim.
O viço se consome, é aparência,
resta por fim a consciência,
tudo em fim é beleza,
a aceitação é a certeza,
se certo estou do que quero,
tudo se torna belo, e sincero.
Aí se encontra a paz,
conquista de quem quer e faz,
desejo de felicidade,
peito aberto na realidade.
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